Sente que a sua vida sexual não vai bem, mas não sabe identificar de onde vem o problema? Isso é mais comum do que você imagina. Nem sempre é fácil perceber que o relacionamento esfriou ou caiu na rotina. Muitos até sabem que estão passando por problemas sexuais, mas se acomodam diante desta situação. Porém, fingir que está tudo bem ou achar que é só um momento e “vai passar”, pode ser um caminho sem volta.

Quando a vida sexual deixa de ser uma das prioridades dentro do relacionamento afetivo, a tendência é que haja um desgaste na relação. A intimidade e a vida erótica ficam em segundo plano e a saúde da relação sai prejudicada.

É importante ressaltar que a vida é cíclica e que existem fases mais estressantes que podem sim interferir na sexualidade do casal. Um dos envolvidos pode estar passando por um momento difícil e não ter o mesmo pique que o parceiro(a). E tudo bem. O alerta é para quando essa os problemas sexuais se tornam rotineiros e começam a afetar o relacionamento.

Mas como saber que a minha vida sexual corre riscos? Primeiro, é preciso reconhecer os sinais de que algo não está bem.

Não ignore os sintomas

  1. Falta de diálogo

Na maioria das vezes, o segredo para resolver os problemas sexuais está na conversa. Muitas pessoas acham que sabem o que o parceiro está pensando, sem ao menos perguntar. Isso causa desentendimentos e brigas desnecessárias. Leitura mental não funciona, tem que haver diálogo entre o casal para que ambos entendam o que está ou não funcionando na relação.

  1. Não prioriza os momentos íntimos

Se você ou o parceiro(a) tem priorizado qualquer coisa, menos a vida sexual do casal, é preciso ficar alerta. Nem sempre estamos dispostos a fazer sexo, mas se o desejo sexual diminuiu drasticamente e sempre há uma desculpa para fugir da intimidade, vale averiguar o que tem por trás disso. Entre as causas, estão experiências negativas passadas, frustrações pessoais, cobranças no relacionamento, entre outras situações que podem levar ao medo antes mesmo de começar a relação sexual. Lembrando que o beijo também é um contato íntimo e não deve ser economizado nem deixado somente para datas especiais, hein!

  1. Falta de concentração

Trabalho, estudo, filhos, contas para pagar… Tudo isso faz parte da rotina atribulada de muitas pessoas, que muitas vezes acabam levando isso para a cama e perdendo a concentração na hora H. Esses pensamentos aleatórios e preocupações podem fazer com o que você ou o parceiro(a) percam a excitação e não consigam prosseguir com a relação sexual, gerando frustração no casal. Algumas mulheres chegam a fingir orgasmos para acabar logo com o sexo, o que não é nem um pouco saudável para ambos.

  1. Distúrbios sexuais

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), 30% dos homens brasileiros apresentam disfunção erétil. Enquanto isso, 35% das mulheres adultas sofrem de algum tipo de disfunção sexual, conforme levantamento do Mosaico Brasil. Pois é, problemas sexuais são mais comuns do que você imagina. Além destes, existem diversos distúrbios, como ejaculação precoce ou tardia, anorgasmia, dispareunia, entre outros. Os fatores são vários, mas especialistas afirmam que muitos casos estão relacionados a causas emocionais e psicológicas, e não somente fisiológicas.

  1. Cobranças em excesso

Nada mais “brochante” do que mil cobranças e críticas, né? O excesso de exigências pode afetar a autoestima do campanheiro(a), além de causar um distanciamento do casal e esfriar a relação. Como sempre, é preciso dialogar e expor suas inseguranças e sentimentos que podem estar causando problemas sexuais e de convivência.

E agora? É preciso reconhecer o problema e buscar ajuda

Se você se identificou com um ou mais destes sintomas, o seu relacionamento pode estar passando por problemas sexuais. Mas você não é o único caso, inúmeras pessoas têm enfrentado dificuldades na vida sexual em diferentes fases da vida.

Segundo a terapeuta sexual Wendy Palo, nem sempre a falta de sexo é um grande problema na relação. Existem casais assexuados que vivem muito bem sem sexo, outros têm desejo sexual, mas estão passando por um período com menos sexo no relacionamento. Se no âmbito geral a relação vai bem, têm carinho, respeito e afeto, isso não precisa ser um problema, existem diversas estratégias para ajustar os ponteiros. “O que vai dizer ‘olha, nós temos um problema aqui?’ Primeiro, se está tendo dor, incômodo, causando frustração nas parcerias ou em um delas e se está faltando o resto, que é tão ou mais importante que o sexo”, afirma a terapeuta em um vídeo no seu canal do YouTube.

Para ter um relacionamento maduro e feliz, é preciso estar bem consigo, com seu desejo e autoestima. É preciso ter autoconhecimento! E a terapia sexual pode te ajudar neste processo.

Durante o acompanhamento, você passa a conhecer seus limites, trabalhar suas inseguranças, se libertar de padrões impostos pela sociedade e entender o que realmente faz sentido para você e a sua sexualidade. Em poucas sessões, você já começa a perceber o resultado.

Não deixe que o seu relacionamento chegue a um nível crítico, busque ajuda o quanto antes. Recuperar uma relação plena é possível e você não está sozinho(a) nessa!

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