Quando falamos em prazer sexual e sexualidade, já imaginamos algo direcionado apenas ao ato sexual. Isso acontece muito nas redes sociais ao postar conteúdos de educação sexual, quando vou explicar meu trabalho como Sexóloga entre outras coisas.
De acordo com a OMS – Organização Mundial da Saúde – é uma necessidade básica e aspecto do ser humano e que não pode ser separado de outros aspectos da vida. Não é sinônimo de coito e não se limita a presença ou não de orgasmo. É energia que motiva encontrar o amor, contato e intimidade e se expressa na forma de sentir, nos movimentos das pessoas e como estas se tocam e são tocadas.
Sabendo que a sexualidade é muito mais ampla do que imaginamos e da influência que ela exerce em nossa vida, fica muito claro a importância de falarmos abertamente e de modo educativo. É grande a quantidade de mulheres que mesmo depois de adultas, com mais de 30 anos que ainda não tiveram a experiência de ter um orgasmo. Além disso, também é alto o número de mulheres que sofrem de questões sexuais como desejo hipoativo ou “baixa libido”, dor nas relações sexuais entre outras questões e que acreditam ser normal.
Ensinar sobre anatomia, fisiologia, funcionamento do próprio corpo e ciclo, pode dar a mulher mais autonomia de seu prazer e também conhecimento para identificar quando algo não está normal para que busque ajuda profissional.
Uma vida sexual prazerosa irá influenciar positivamente na autoestima e nas relações afetivas dessa mulher além da relação conjugal.
Entender que o prazer sexual faz parte da vida de todas as pessoas, que pode ser acessível e libertador, é fundamental para que isso ocorra. O processo de educação sexual se faz necessário para desconstruir conceitos errados, corrigi-los e evitar que estes sejam reproduzidos de modo a causar sofrimentos.
Autonomia, liberdade e prazer deveriam fazer parte da vida de todas as mulheres.