Muitos homens e mulheres já passaram pela mesma situação: gostar de uma pessoa que não sente o mesmo, ou não sente mais.

Às vezes, é difícil entender porque isso acontece, e não adianta darmos nenhum discurso de amigo, pois a pessoa não parece ouvir. Já atendi em meu consultório muitas pessoas que se queixam que não são vistas por quem querem ser vistas, ou de uma relação que não querem admitir que deu errado. Muitas vezes, há um sentimento de culpa muito forte e a sensação de que se fez algo errado, que deveria ter tomado mais cuidado. Além disso, também há a consciência de que o relacionamento não estava bom, e o parceiro ou a parceira não era a melhor pessoa para se estar, mas ainda assim, existe a sensação de que a relação não teria que ter terminado, ou que a pessoa está em um nível muito alto e é necessário tê-la.

O que muitos esquecem é que o relacionamento é uma via de mão dupla, ou seja, não há um único responsável pelo término. Mesmo que erros tenham sido cometidos, as pessoas não são perfeitas, e com certeza erros partiram da outra parte também.

Em todos os casos há algo em comum: a falta de autoconhecimento.

Ainda há pessoas que negligenciam essa parte do próprio desenvolvimento, e acabam entrando em uma roleta russa com os próprios sentimentos. Temos sempre que lembrar: antes de nos preocuparmos com o que os outros esperam, devemos ter conhecimento do que nós queremos, e de quem queremos em nossas vidas. Sem isso, irá predominar o sentimento de inferioridade e a auto estima rebaixada.

Vale também uma reflexão: será isso realmente amor? Quando uma relação é saudável e há sentimento de amor, nos vemos em papel de igualdade em relação ao outro, nem piores e nem melhores. Se você já passou por isso, já tentou parar para pensar no que te atrai a essa pessoa?

Essa é uma questão que pode levar tempo para ser respondida, e é possível que haja a necessidade de ajuda para chegar ao fim desse tipo de sofrimento.  E não há nada errado em pedir ajuda, pelo contrário. Dessa forma é possível viver mais feliz e com maior controle das próprias emoções.

*As opiniões contidas neste artigo são de responsabilidade do autor.

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