Ainda hoje, muitas pessoas LGBTQIA+ ainda sofrem preconceito em instituições de saúde. Por isso, muitas se encontram em maior vulnerabilidade, já que, para evitar o julgamento, evitam visitar esses espaços.

Se você é um profissional da área da saúde, dê uma lida nessas dicas para que seu atendimento seja mais acolhedor e respeitoso. Afinal, e de seres-humanos que nos cuidamos.

Atenção antes do atendimento

  1. O 1º contato com um profissional da saúde é muito significativo e pode ser muito estressante para minorias sexuais, como travestis, pessoas trans e não-binárias. Quer mostrar que a pessoa será acolhida? Chame-a pelo nome e pronome por ela definidos. Fazer isso no prontuário também vai evitar muitos desconfortos desnecessários;
  2. Outra dica é colocar “nome dos responsáveis” no lugar de “nome de pai e mãe”, pois isso evita a heteronormatividade na parentalidade e conjugalidade.

Já na hora do atendimento…

  1. Principalmente em atendimentos à população tansvestigênere, evite expressões como “mulher/homem de verdade” ou “mulher/homem biológico”. Nesses casos, opte por: “Mulher/homem cis”. Lembre-se: não é o sexo biológico que determina o gênero da pessoa;
  2. Independentemente de quantos pacientes / clientes LGBTQIA+ você já atendeu, cada um é um universo único. Portanto, pergunte como a pessoa gostaria de ser chamada, e valide suas emoções e seus relatos.
  3. Lembre-se sempre: a orientação sexual e a identidade de gênero são importantes, mas muitas vezes o motivo do atendimento nem está relacionado a essas questões;
  4. Perceba em que momento a pessoa está em sua “saída do armário” e se ela possui alguma rede de apoio. Além disso, tente notar a presença de LGBTfobia internalizada e qual seu impacto na vida da pessoa;
  5. Tenha cuidado com a LGBTfobia disfarçada de elogio, com frases como: “Você é trans? Mas parece uma mulher de verdade!” ou “Tão bonita, nem parece lésbica”. Pode não parecer, mas ouvir isso é muito desrespeitoso;
  6. Se tiver dúvidas quanto a algum termo, peça para que a pessoa te explique do jeito dela;
  7. Caso a pessoa te traga algum episódio de violência, valide a experiência dela e a decisão dela contar o que houve, e deixe claro que que nenhuma violência é aceitável. Também é importante fazer planos de segurança e fornecer recursos para lidar com o risco.

Se você é profissional da saúde e tem interesse em atender pessoas LGBTQIA+, eu recomendo a leitura do livro SAÚDE LGBTQIA+ – PRÁTICAS DE CUIDADO TRANSDISCIPLINAR, da Editora Manole.

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