Não é novidade que as mulheres se cuidam mais que os homens. E isso não é só na parte física. Estudos comprovam que as mulheres também saem na frente quando o assunto é saúde. Dados do Programa Nacional de Saúde (PNS) revelam que cerca de 160 milhões de pessoas foram ao médico em 2019, sendo 82,3% mulheres e apenas 69,4% homens. Não é à toa que a expectativa de vida para as mulheres é sete anos maior que a dos homens. Segundo o IBGE, em 2020 a estimativa para elas era de 80,3 anos, enquanto para eles era de 73,3 anos.
Essas informações só comprovam os problemas de gênero vividos na sociedade. Conforme os resultados da pesquisa Atenção à saúde do homem: análise da sua resistência na procura dos serviços de saúde, de 2016, “os homens são resistentes no cuidado da sua saúde devido a sentimentos de medo, vergonha, e por causas comportamentais como a impaciência, o descuido, prioridades de vida, e ainda com as questões relacionadas com a forma de organização dos serviços de saúde. Observou-se que os fatores ligados ao gênero exercem forte influência, muitas vezes até como obstáculo.”.
Por trás dos números, as consequências. Os efeitos desta falta de cuidado dos homens refletem na saúde física, emocional e sexual dos mesmos. É como um círculo vicioso: um problema resulta em outro e assim por diante.

A procura por ajuda psicológica, por exemplo, ainda é um tabu no universo masculino. Uma pesquisa realizada pela plataforma de terapia online OrienteMe, mostrou que dos 16.620 entrevistados que estão realizando terapias, 70% são mulheres e 24% são homens. Ainda segundo o estudo, grande parte acredita que não precisa de ajuda e pode se resolver sozinho. Se terapia tradicional já é difícil, imagine terapia sexual?
Quando se tratam de questões sexuais, o quadro fica ainda mais complexo. Entre os problemas mais comuns no universo sexual masculino estão disfunção erétil, ejaculação precoce, perda do desejo sexual, ejaculação tardia, entre outros. Porém, mesmo após aparecer algum sintoma de disfunção sexual, no Brasil os homens levam cerca de quatro anos para procurar ajuda. Com a terapia sexual, o sofrimento gerado durante este tempo não existiria.

Estas disfunções geralmente estão ligadas à causas psicológicas, como irritação, ansiedade, depressão, conflitos, medo da gravidez, dependência de outra pessoa, indiferença em relação às atividades sexuais, culpa, falta de conhecimento sobre o comportamento sexual, experiências sexuais anteriores traumáticas e ansiedade de desempenho. Na terapia sexual, todos esses sentimentos estão em pauta.
Masculinidade tóxica e os efeitos na sexualidade do homem
A preocupação com o desempenho durante a relação sexual é um dos problemas mais comuns para os homens, fruto da masculinidade tóxica em que a sociedade está inserida. Esse termo se refere ao conjunto de regras e características impostas aos indivíduos de sexo masculino, como a ideia de que homem não pode chorar, deve ser sempre forte e invulnerável. Ou seja, para eles, demonstrar emoções é um sinal de “fraqueza”.
“Os homens são patriarcalmente educados para serem avessos ao cuidado, pois buscar serviços de saúde poderia ser contrário à virilidade, força e independência, características que reforçam e perpetuam a imagem de homem com “H maiúsculo”, diz a pesquisa Diferenças de gênero no acesso aos serviços de saúde: problematizações necessárias. O trecho resume muito bem esse bloqueio à tratamentos de saúde, incluindo a terapia sexual, por parte dos homens.
E é por causa de comportamentos como estes que casos de misoginia, homofobia, abusos psicológicos, sexuais e morais continuam acontecendo. Este estereótipo masculino (e tão antigo!) impacta negativamente a vida de muitas pessoas, principalmente a do parceiro(a) sexual. Como, então, quebrar esse padrão? O primeiro passo é buscar a terapia sexual.
Terapia sexual: a chave para os seus problemas
Entre tantos benefícios, a terapia sexual ajuda as pessoas a superarem disfunções, vícios e questões emocionais que afetam a sexualidade. No caso dos homens que sofrem com as pressões sociais e tem dificuldade de expressarem suas emoções, o terapeuta sexual tem todas as ferramentas necessárias para ajudá-los a enfrentar esses bloqueios e buscar uma vida sexual saudável.

A terapia sexual masculina aborda as preocupações que afligem o paciente, auxilia na quebra de tabus, na desconstrução de padrões e na identificação dos sintomas de masculinidade tóxica que podem estar atrapalhando a sua vida os relacionamentos afetivos. Além disso, a terapia sexual trabalha as mudanças de hábito, as inseguranças, traumas e todas as dúvidas que o paciente quiser trazer, prezando sempre por um ambiente de apoio e confiança.
Sempre é tempo de melhorar e evoluir. E a terapia sexual está aí para te ajudar nisso. Uma vida sexual plena, com empatia, respeito e intimidade é a coisa mais prazerosa que existe!